Hoje, gostaria de explorar um dos pilares fundamentais da CNV que pessoalmente considero essencial: “Observar sem Julgar”.
Mas primeiro um pequeno exercício: Reflita sobre essa imagem! O que vocês veem? O que essa imagem faz vocês sentirem?
Quando nos encontramos em situações desafiadoras ou delicadas, é fácil cair na armadilha dos julgamentos precipitados, sermos sequestrados pela emoção, e deixar os sentimentos tomar conta da situação. Nessas horas, pode acontecer de coisas serem ditas no calor da emoção ou ainda, atitudes impulsivas que podem prejudicar relações, sejam elas profissionais ou pessoais. No entanto, a prática de observar sem julgar nos convida a transcender esses impulsos e cultivar uma consciência atenta e imparcial.
Em minha função como secretária, tive a oportunidade de presenciar em primeira mão como a habilidade de observar sem julgar pode revolucionar as dinâmicas interpessoais. Ao invés de reagir impulsivamente com críticas ou preconceitos, aprendi a nutrir uma atitude de curiosidade e empatia. Além disso, aprendi a silenciar aquela voz interna, que batizei carinhosamente de “Galvão Bueno”, durante um dos cursos de facilitação em CNV que participei. Essa voz costumava inundar meus pensamentos com julgamentos, insultos e narrativas que, no passado, me levariam a levar críticas e julgamentos para o lado pessoal, incluindo auto julgamentos também. Desde então, ao observar, buscar entender para conectar, mesmo que eu não concorde, fortaleci não apenas minha capacidade de compreender as necessidades e preocupações dos outros.
Através da observação, os julgamentos ficam em segundo plano, ou seja, você consegue ficar mais neutro em relação ao que está sentindo e menos reativo sobre a situação.A observação é um primeiro passo para escutar para conectar. Além disso nos permite começar a criar uma ponte de conexão com os envolvidos. E sim, julgamentos sempre existiram, a ideia da observação é não dar voz a eles.
Ao adotar essa abordagem na minha prática diária, descobri que somos capazes de desvendar camadas mais profundas de entendimento mútuo e resolver conflitos de maneira construtiva. Observar sem julgar é um músculo que precisa ser treinado, e que também pode e deve ser utilizado consigo mesmos.
Portanto, convido você a se juntar a mim nesta jornada de autodescoberta e crescimento pessoal. Vamos abraçar a prática de observar sem julgar, criando espaços para diálogos autênticos e relacionamentos significativos.
Ah, e vocês querem saber o que eu vejo na imagem acima? Eu vejo um homem, uma mulher, papéis brancos. Já o homem veste um paletó de cor escura, a mulher uma camisa branca. A mulher tem cabelos loiros, cortado na altura da nuca, o homem tem cabelos crespos, em um corte mais cheio. Tem uma parede branca e parece ser uma porta atrás dos dois. Convido vocês a compartilharem o que a imagem despertou em vocês. Lembre-se: não tem certo nem errado, apenas percepção.
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