Quando ouvimos as expressões “as paredes tem ouvidos” ou “os olhos são as janelas da alma”, estamos trazendo para o presente uma ideia tão antiga quanto atual: habitação e habitante formam um conjunto indissociável em continua interatividade.
Esse conceito verdade é o que me fascina no mundo da decoração de ambientes. Assim como nossas roupas refletem o nosso estilo, nossa personalidade, a nossa casa reflete o que temos de mais precioso: o lar que aconchega, que envolve, que protege, que une os nossos entes mais queridos.
Entendo que a nossa casa é um corpo animado que vive pela presença humana cuja relação entre si é muito mais que uma estrutura física que nos recebe além do mundo exterior.
Nossa casa, nosso apartamento, o local onde trabalhamos acabam sendo modelados pelos nossos programas mentais e culturais, e por sua vez, vão reforçar ou amenizar esses programas. Desta forma, por ser um ente vivo, ela pode adoecer e arrastar nesse processo os seus moradores.
Você já havia pensado nisso? Já ouviu relatos de pessoas que após mudarem para uma determinada casa passaram a ficar doentes ou a descer ladeira abaixo na vida profissional? Ou que a casa onde residem lhes trazem angústia?
Embora ainda haja um predomínio de certos valores mais superficiais, a importância dos locais onde vivemos vem aumentando gradativamente para todos nós. Por isso, cultiva-se atualmente um interesse quase que generalizado pelas casas, o qual se estende para a sua engenharia, o planejamento interior e a decoração. Na internet podemos constatar a vertiginosa proliferação de artigos que tratam de casas e jardins, sem falar nas livrarias, onde vem crescendo a quantidade de livros que versam sobre as casas perfeitas. E , se ficarmos mais atentos, veremos que a própria televisão dedica-se cada vez mais aos temas relacionados com as residências.
Enganam-se aqueles que pensam que esse fenômeno não passa de moda passageira. A noção cultural de uma casa ideal vem sendo herdada ao longo dos tempos por toda a coletividade humana, uma vez que todos nós jamais deixamos de idealizá-la de um modo ou de outro. E é justamente através desse sentimento que nos vemos impelidos a arrumar a nossa casa, e de tal forma que não descansamos enquanto ela não está conforme o nosso gosto, porque todos os seres humanos nutrem o desejo de viver de maneira ideal dentro de uma moradia perfeita.
Eu não tenho dúvidas de que nossa casa é uma imensa fonte de energia e que essa energia pode nos auxiliar, e muito, na realização dos nossos desejos mas que para isso, ela deve refletir o nosso EU verdadeiro, onde encontramos as respostas que buscamos. Para que isso aconteça é necessário que se DÊ um CORAÇÂO à nossa casa: o nosso!
Quer você resida em uma casa imensa ou numa simples quitinete, não perca a oportunidade de transformá-la em refúgio, ou melhor, naquele cantinho que irá resguardar você do desgaste mundano. Se os nossos ancestrais sempre honraram a habitação como um espaço sagrado que oferecia proteção e paz, nós também podemos retomar esta concepção espiritual para as nossas residências, tornando-as autênticos santuários que possam realmente curar o corpo, aquietar e confortar a nossa alma.
Convido-a agora a pegar uma carona comigo para esse mundo incrível e prepare-se para uma jornada de descobertas incríveis!
DÊ CORAÇÃO à sua casa e encontre o seu verdadeiro lar!
De+coração,
Colunista:
Uma resposta
Que delícia de artigo! Amei! Me envolveu no aconchego de um abraço, com cheirinho de lar💝
Parabéns pela sua estreia! Já estou ansiosa pelo próximo.