A Comunicação Não-violenta (CNV) entrou em minha vida há mais de 10 anos. Antes de conhecer, aprender e praticar a CNV já acreditava que saber se expressar, comunicar seus sentimentos e tentar entender o lugar do outro era uma forma de estar em relações saudáveis.
Marshall Rosenbergo pai da CNV, acreditava que por trás de cada ato violento residia uma necessidade não atendida. E que ao identificar e abordar as necessidades escondidas, poderíamos promover a compreensão mútua e construir uma base para relações mais harmoniosas com mais empatia, na conexão e na presença. E esse aprendizado entrou no meu coração, pois ele ia ao encontro do que eu acreditava como mundo.
A CNV pode resolver conflitos, mas também pode promover a qualidade das relações humanas, desde que escutemos com o coração e com atenção, o que é um grande desafio. Nós, quando estamos em uma conversa, automaticamente nosso cérebro já está programando uma resposta, pois fomos ensinados a escutar para responder. Na CNV, nós escutamos (ponto). Nós estamos presentes.
Todos nós já passamos por situações que ao dividir algo com alguém, a pessoa compara a situação, ou ainda, diminui nossos sentimentos, ou muitas vezes não presta atenção no que foi falado. É o que chamamos de escuta trágica! Quando queremos desabafar, nem sempre queremos ser salvos, na maior parte das vezes queremos ser escutados.
Conectar para resolver é estar aberto e presente! Não precisamos concordar com o que foi dito, mas podemos estar abertos a escutar o ponto de vista. A CNV não só transforma conflitos em oportunidades de crescimento, mas também nos convida a abraçar a vulnerabilidade, construindo relações fundamentadas na empatia e compreensão.
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